sexta-feira, 19 de março de 2010

Especial Crodowaldo Pavan

Mais uma matéria minha do encarte especial da revista Pesquisa Fapesp sobre o geneticista Crodowaldo Pavan.
Um ambiente favorável à genética
Crodowaldo Pavan contribuiu de modo marcante
para o avanço da ciência no Brasil
Evanildo da Silveira
Edição Impressa 168 - Fevereiro 2010
© Acervo Hans Burla/Comissão Memória IB-USP

Pavan ao volante do Ford Mercury com Brito da Cunha ao lado e Sophie Dobzhansky (atrás) durante trabalho de campo no litoral

Em 2009 o Brasil perdeu um de seus mais destacados cientistas. Vítima de falência múltipla de órgãos e sistemas, causada por um câncer e um infarto anteriores, o biólogo e geneticista Crodowaldo Pavan morreu no dia 3 abril, aos 89 anos, no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), na qual fez a maior parte de sua bem-sucedida carreira. Nascido em Campinas, graduado em história natural pela USP em 1941, Pavan foi um dos fundadores da genética no Brasil. Ao longo de uma trajetória científica de mais de meio século, realizou descobertas importantes, que resultaram em trabalhos publicados com repercussão internacional, além de ter formado dezenas de pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos e dirigido algumas das instituições científicas mais prestigiadas do país. Leia mais...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Especial Crodowaldo Pavan

Mais uma matéria minha do encarte especial da revista Pesquisa Fapesp sobre o geneticista Crodowaldo Pavan.
A institucionalização da pesquisa
Dreyfus, Dobzhansky e Pavan foram importantes
para o desenvolvimento da genética
Evanildo da Silveira
Edição Impressa 168 -
Fevereiro 2010
© Acervo Comissão Memória IB-USP
O biólogo Luiz Edmundo Magalhães costuma dizer que seu orientador teve três anjos da guarda ao longo da carreira: André Dreyfus (na foto, de óculos escuros), Harry Miller Jr. e Theodosius Dobzhansky. Parafraseando Magalhães, pode-se dizer que a genética animal no Brasil teve quatro, se não anjos da guarda pelo menos grandes impulsionadores: os três citados por ele mais o próprio Pavan. Eles não foram os primeiros a realizar pesquisa na área no país, mas seguramente estão entre os que mais contribuíram para desenvolvê-la e, mais do que isso, para institucionalizá-la. De uma forma ou de outra, os quatro estiveram envolvidos na criação de cursos, cátedras, linhas de pesquisa e associações que congregam os geneticistas do país, como a Sociedade Brasileira de Genética (SBG), por exemplo. Leia mais...

terça-feira, 9 de março de 2010

Especial Crodowaldo Pavan

Matéria minha publicada num encarte especial da revista Pesquisa Fapesp, em homeangem ao geneticista Crodowaldo Pavan, morto em 2009.
A queda de um dogma
Pavan demonstrou que o número de genes
não é constante nas células
Evanildo da Silveira
Edição Impressa 168 - Fevereiro 2010
© Eduardo César
Como costuma ocorrer com muitas descobertas científicas, a mais importante realizada por Crodowaldo Pavan foi por acaso. Em uma de suas excursões para coletas de drosófilas (a mosca-de-frutas, organismo modelo para pesquisa em genética), no fim dos anos 1940, numa plantação de bananas em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, Pavan deu um chute numa bananeira caída e, embaixo dela, descobriu um bolo do que supôs ser vermes. O hábito e o instinto de cientista o fizeram levá-los para o laboratório. Descobriu que, na verdade, eram larvas de uma mosca do gênero Rhynchosciara, que mais tarde lhe permitiria descobrir o fenômeno da amplificação gênica, que derrubou um dogma da biologia, a constância do DNA. Leia mais...

Matéria minha publicada num encarte especial da revista Pesquisa Fapesp, em homeangem ao geneticista Crodowaldo Pavan, morto em 2009.

A queda de um dogma

Pavan demonstrou que o número de genes não é constante nas células

Evanildo da Silveira

Edição Impressa 168 - Fevereiro 2010

Como costuma ocorrer com muitas descobertas científicas, a mais importante realizada por Crodowaldo Pavan foi por acaso. Em uma de suas excursões para coletas de drosófilas (a mosca-de-frutas, organismo modelo para pesquisa em genética), no fim dos anos 1940, numa plantação de bananas em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, Pavan deu um chute numa bananeira caída e, embaixo dela, descobriu um bolo do que supôs ser vermes. O hábito e o instinto de cientista o fizeram levá-los para o laboratório. Descobriu que, na verdade, eram larvas de uma mosca do gênero Rhynchosciara, que mais tarde lhe permitiria descobrir o fenômeno da amplificação gênica, que derrubou um dogma da biologia, a constância do DNA. Leia mais...