Matéria
minha publicada na edição 243, de maio de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Bioinseticida feito de microrganismos
Vermes e bactérias atuando juntos são
matérias-primas
de produto para uso comercial na lavoura
EVANILDO DA SILVEIRA
© LUÍS LEITE / INSTITUTO BIOLÓGICO
Depois de 15 anos de pesquisa, uma nova tecnologia para o
controle biológico de pragas está pronta para uso comercial. Trata-se de um
bioinseticida feito a partir de nematoides, vermes milimétricos que vivem no
solo, para uso no combate a insetos e outros organismos que atacam cultivos
como os de cana-de-açúcar, plantas ornamentais e eucalipto. O novo inseticida
biológico foi desenvolvido pelo engenheiro agrônomo e entomologista Luís
Garrigós Leite, da unidade de Campinas do Instituto Biológico, vinculado à
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ele começou o
trabalho em 2002 e, no ano seguinte, o estudo começou a ser feito em parceria
com a empresa Bio Controle, de Indaiatuba (SP), que atua na área de
monitoramento e controle de pragas agrícolas, por meio de um projeto do
Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP. A empresa
está prestes a comercializar o produto para os agricultores. A comercialização
dos nematoides será feita com os vermes envoltos em diatomita, um pó de origem
mineral, que deixa os vermes úmidos e em estado de latência. Só voltam à
atividade quando o produto é diluído em água. Leia mais...