sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Matéria minha publicada na edição 207, de maio de 2013, na revista Pesquisa Fapesp.
Identificação a distância
Etiquetas “inteligentes” baseadas em sinais de rádio para 
contar e rastrear objetos conquistam novos mercados
EVANILDO DA SILVEIRA
© RAUL AGUIAR
Quase todas as coisas possíveis de serem contadas em empresas, indústrias, mercados, hotéis e hospitais podem ser identificadas com o uso de etiquetas RFID (do inglês radio frequency identification) ou identificação por radiofrequência, que representam um passo além, com muitas vantagens, no sistema de código de barras. O mercado mundial de hardware, software e serviços baseados em RFID – as chamadas etiquetas “inteligentes” – tem crescido a uma taxa de 20% ao ano. Segundo a consultoria americana ABI Research, ele deverá movimentar mais de US$ 70 bilhões entre 2012 e 2017. No Brasil, essa área ainda é incipiente, mas muitas empresas, pequenas em grande parte, trabalham nesse momento no desenvolvimento de projetos e produtos com essa tecnologia. Leia mais...

Matéria minha, publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 416, Mar/Abr de 20123.
O delinquente virtual bate à porta
EVANILDO DA SILVEIRA


A cada segundo, 18 pessoas ao redor do mundo são vítimas de algum tipo de crime pela internet, totalizando 1,5 milhão de casos todos os dias, com prejuízos que podem chegar à casa dos bilhões de dólares. São delitos que vão de ameaças, difamação, injúrias e calúnias a roubo de dados pessoais, estelionato e fraudes financeiras. Apesar disso, poucos países dispõem de legislação específica para combater e punir os chamados crimes cibernéticos. No caso do Brasil, grandemente afetado, só no fim do ano passado o governo federal promulgou duas leis relativas a esse tipo de delito, a 12.737 – a chamada Lei Carolina Dieckman – e a 12.735, ambas de 30 de novembro, que tipificam as condutas praticadas contra ou por meio dos sistemas de informática. Leia mais...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Matéria minha publicada na edição 205, de março de 2013, na revista Pesquisa Fapesp.
Bateria a glicose
Marca-passos e outros aparelhos implantados no corpo 
humano poderão funcionar com eletricidade obtida do sangue
EVANILDO DA SILVEIRA

Os usuários de marca-passo precisam ao longo de cinco a oito anos passar por uma pequena cirurgia para substituir a bateria do aparelho. Para manter o dispositivo implantado sem necessidade dessa troca, alguns grupos de pesquisa no mundo estão trabalhando para desenvolver microbiobaterias que convertem a energia química em elétrica no interior de vasos sanguíneos, utilizando biocatalisadores (enzimas ou microrganismos) para acelerar as reações químicas e gerar corrente elétrica. Um dos projetos mais promissores está sendo desenvolvido pela equipe do professor Frank Crespilho, coordenador do Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces do Instituto de Química de São Carlos (IQ-SC), da Universidade de São Paulo (USP), que inclui também pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André (SP). Trata-se de uma biocélula a combustível (BFC, do inglês bio-fuel cells), que usa glicose do sangue de rato para produzir energia. Para testá-la, os pesquisadores implantaram esse dispositivo dentro da veia jugular de um roedor. Leiamais...

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Matéria minha publicada na edição 204, de fevereiro de 2013, na revista Pesquisa Fapesp.
Mais celulose por centímetro quadrado 
Eucalipto transgênico rende 20% a mais que árvore convencional 
EVANILDO DA SILVEIRA
© LÉO RAMOS 
Na aparência, a pequena plantação de 2,2 hectares de eucaliptos, numa fazenda no município de Angatuba (SP), não tem nada de incomum. Mas as diferenças existem e estão nas células dessas árvores que receberam a inserção de um gene de outra espécie, a Arabidopsis thaliana, uma planta-modelo muito usada em experimentos genéticos. Com a alteração, elas se tornam capazes de produzir 20% mais madeira em relação aos congêneres Eucalyptus. A pequena floresta de eucaliptos transgênicos em crescimento é um dos quatro plantios experimentais dessa árvore geneticamente modificada realizados pela FuturaGene, empresa dedicada ao melhoramento da produtividade e sustentabilidade de florestas cultivadas para os mercados de celulose, bioenergia e biocombustíveis. O objetivo é avaliar a biossegurança dos transgênicos para verificar se eles causam impactos e interferências no ambiente e em outros vegetais. Leia mais...

Matéria minha, publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 415, Jan/Fev de 2012.
Pero Vaz de Caminha estava certo
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

"Contudo a terra em si é de muito “bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!” Por certo, quando escreveu esse trecho de sua famosa carta, dando conta ao rei de Portugal da descoberta do Brasil, Pero Vaz de Caminha não conhecia nada do imenso território ao qual havia aportado, em 1500, junto com os outros tripulantes da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Quanto à quantidade de água ele acertou, é verdade – o país abriga 12% de toda a água doce do mundo –, mas em relação à fertilidade da nova terra estava redondamente enganado. Para que nela tudo desse e ela tivesse a produtividade excepcional de agora, que coloca o país como um dos gigantes mundiais do agronegócio, muito esforço, pesquisa e tecnologia tiveram de ser aplicados ao longo dos últimos 512 anos. 
Hoje, além de produzir a maioria dos alimentos que consome – é praticamente autossuficiente em todos os itens da cesta básica, com exceção do trigo –, o Brasil ainda se coloca como o maior exportador de soja em grãos e seus derivados (farelo e óleo), carnes, açúcar e produtos florestais. No ranking mundial, ocupa a liderança na produção de açúcar, café em grãos e suco de laranja, e a segunda posição em soja em grãos, carne bovina, tabaco e etanol. E, ao longo do tempo, a safra de grãos vem crescendo continuamente: segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a colheita de 2011 foi de 162,8 milhões de toneladas, volume que deverá ficar em torno de 180 milhões de toneladas em 2012, segundo estimativas divulgadas pelo governo em outubro. Leia mais...