terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Matéria minha, publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 415, Jan/Fev de 2012.
Pero Vaz de Caminha estava certo
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

"Contudo a terra em si é de muito “bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!” Por certo, quando escreveu esse trecho de sua famosa carta, dando conta ao rei de Portugal da descoberta do Brasil, Pero Vaz de Caminha não conhecia nada do imenso território ao qual havia aportado, em 1500, junto com os outros tripulantes da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Quanto à quantidade de água ele acertou, é verdade – o país abriga 12% de toda a água doce do mundo –, mas em relação à fertilidade da nova terra estava redondamente enganado. Para que nela tudo desse e ela tivesse a produtividade excepcional de agora, que coloca o país como um dos gigantes mundiais do agronegócio, muito esforço, pesquisa e tecnologia tiveram de ser aplicados ao longo dos últimos 512 anos. 
Hoje, além de produzir a maioria dos alimentos que consome – é praticamente autossuficiente em todos os itens da cesta básica, com exceção do trigo –, o Brasil ainda se coloca como o maior exportador de soja em grãos e seus derivados (farelo e óleo), carnes, açúcar e produtos florestais. No ranking mundial, ocupa a liderança na produção de açúcar, café em grãos e suco de laranja, e a segunda posição em soja em grãos, carne bovina, tabaco e etanol. E, ao longo do tempo, a safra de grãos vem crescendo continuamente: segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a colheita de 2011 foi de 162,8 milhões de toneladas, volume que deverá ficar em torno de 180 milhões de toneladas em 2012, segundo estimativas divulgadas pelo governo em outubro. Leia mais...

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