quinta-feira, 21 de julho de 2016

Matéria minha publicada na edição 198, de fevereiro de 2016, da revista Manutenção & Tecnologia.
Soluções robóticas para 
escavação de túneis
Cada vez mais sofisticados, equipamentos atuais embarcam
tecnologias e sistemas computacionais que reduzem
custos e minimizam a interferência do operador
Por: Evanildo da Silveira

Para abrir túneis de rodovias e ferrovias, desviar o curso de um rio para a construção de barragens ou extrair minérios das entranhas da terra, por exemplo, principalmente em áreas com rochas duras, uma das melhores soluções ainda é o uso de explosivos. Para isso é preciso, no entanto, abrir furos na pedra com cerca de cinco centímetros de diâmetro e até seis metros de extensão, onde ele será colocado. Esse é um trabalho que é feito por jumbos de perfuração, que, simplificadamente, podem ser descritas como máquinas, cujo peso pode variar de cerca 9 a 45 toneladas, que podem se mover sobre rodas ou esteiras (mais raros atualmente), equipadas com um, dois ou três braços com perfuratrizes nas pontas. Leia mais...
Matéria minha publicada na edição240, de fevereiro de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Resíduos reciclados
Óleo fúsel e CO2 gerados na fabricação de etanol podem ser
aproveitados na produção de substâncias químicas de uso industrial
EVANILDO DA SILVEIRA

Líquido viscoso, de cor amarelada e odor desagradável, o óleo fúsel é o menos conhecido dos resíduos da indústria sucroalcooleira. Para cada mil litros de etanol são gerados, em média, 2,5 litros de fúsel. O composto é formado por vários álcoois em que apenas uma pequena parte dos cerca de 80 milhões de litros produzidos no Brasil a cada ano é destinada à fabricação de um tipo de álcool chamado isoamílico. Outra parte é queimada para gerar energia para as usinas. As indústrias, no entanto, não informam o quanto é transformado em isoamílico, a porcentagem queimada e a quantidade descartada. Com o objetivo de reaproveitar melhor esse resíduo, dois grupos de pesquisa estudam o óleo fúsel para transformá-lo em um produto de maior valor. Em um dos grupos, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-Unesp), campus de Presidente Prudente, o professor Eduardo René Pérez González coordena um projeto que propõe a reciclagem em um processo único do óleo fúsel e do dióxido de carbono (CO2), um dos gases do efeito estufa, também gerado nas usinas. Leia mais...

Clima

Matéria minha publicada na edição 433, de jan/fev de 2016, da revista Problemas Brasileiros.
Inundações e chuva. Ou estiagem
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

Se as previsões dos meteorologistas se confirmarem, o clima do planeta viverá uma fase turbulenta no primeiro semestre deste ano. Tudo graças ao El Niño, fenômeno natural, que ocorre a intervalos irregulares, que podem variar de 2 a 7 anos, com duração de 6 a 18 meses. Ele é causado pelo aquecimento além do normal das águas do Oceano Pacífico à altura da linha do Equador, entre as costas oeste da América do Sul e leste da Oceania. O resultado disso é sentido em todo o mundo, com secas mais intensas em algumas partes, como, por exemplo, na Austrália, Filipinas, Equador e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, e chuvas torrenciais e inundações em outros, como no sul do país, no México e nos Estados Unidos. Além disso, os verões e primaveras podem ser mais quentes em regiões como o Sudeste brasileiro e os invernos mais intensos em outras, como na Europa, os furacões mais moderados no Atlântico e os ciclones mais fortes no Pacífico. Leia mais...

sábado, 16 de julho de 2016

Matéria minha publicada na edição 209, de julho de 2013, da revista Pesquisa Fapesp.

Acesso digital

Hospital de Ribeirão Preto usa sistema nacional
para arquivar e gerenciar imagens médicas
EVANILDO DA SILVEIRA
            © TATO ARAUJO
O uso crescente de imagens nos hospitais nos últimos anos, como raio x, ultrassom, ressonância e tomografia, levou à necessidade de desenvolvimento de sistemas para gerenciá-las. De olho nesse mercado, grandes empresas da área de tecnologia da informação como Siemens, Toshiba, Agfa, GE, Carestream e Philips criaram soluções chamadas genericamente de sistemas de arquivamento e distribuição de imagens (Pacs, do inglês picture archiving and communication system). Agora uma pequena empresa de Ribeirão Preto se posiciona ao lado das grandes ao desenvolver um Pacs próprio. O sistema já está em uso, com bons resultados, há mais de dois anos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), naquela cidade.

Chamado de LyriaPacs, o sistema foi criado pela empresa i-Medsys, fundada em 2005 em Ribeirão Preto, por três jovens pesquisadores formados e pós-graduados pela USP nas áreas de tecnologia da informação e ciência da computação. “O Lyria é um sistema de armazenamento, comunicação, distribuição e visualização que segue especificações do protocolo Dicom (do inglês digital imaging and communication in medicine), que é o padrão para arquivamento e distribuição de imagens médicas”, explica Diego Fiori de Carvalho, sócio fundador da empresa. “É uma solução completa para o gerenciamento de imagens médicas em hospitais, centros de diagnóstico, clínicas e profissionais da área da saúde”, diz Carvalho. Leia mais...
Matéria minha publicada na edição 208, de junho de 2013, da revista Pesquisa Fapesp.
Mobilidade ampliada
Sistema permitirá a portadores de paralisias graves
comandar cadeira de rodas com músculos da face
EVANILDO DA SILVEIRA
Indispensável para pessoas que apresentam dificuldade de locomoção, a cadeira de rodas evoluiu muito nas últimas décadas desde que nas ruas eram vistos apenas modelos movidos a mão – hoje são comuns as cadeiras motorizadas, controladas por joysticks. Agora uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em parceria com colegas da Universidade de Lorraine, na França, e paralelamente a vários outros grupos de pesquisa ao redor do mundo buscam colocar esse meio de locomoção em um novo patamar tecnológico.

A equipe trabalha no desenvolvimento de um sistema que tornará possível o controle e o comando de uma cadeira de rodas por meio de sinais elétricos gerados pelos músculos e pela atividade cerebral, para ser usado por pessoas com paralisias tão graves que não conseguem mover sequer um joystick. Leia mais...

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Matéria minha publicada no jornal OEstado de S. Paulo, em 8 de janeiro de 2005.
Vão mudar as regras 
sobre animais silvestres
Nova instrução normativa vai facilitar a abertura 
de criadouros de espécies da fauna brasileira
e a posse delas como bichos de estimação
Evanildo da Silveira

Vão mudar as regras sobre os animais silvestres no País. Abrir um criadouro desses bichos deve ficar mais simples, assim como ter animais de estimação. A partir de segunda-feira, o Ibama abre uma consulta pública sobre criação, manutenção em cativeiro, comércio, abate, beneficiamento, importação e exportação de animais da fauna nativa do Brasil.
O objetivo da consulta é elaborar uma nova instrução normativa, que reúna num só documento as regras que hoje estão dispersas em 14 instrumentos legais. Também poderá haver mudanças nas normas em vigor. O documento orientador da consulta estará disponível para quem quiser dar sugestões no endereço www.ibama.gov.br até 18 fevereiro.
Segundo o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo Mello, o principal objetivo da nova regulamentação é desburocratizar os processos de abertura e gestão de criadouros de animais silvestres. "Hoje a abertura de um estabelecimento legalizado pode demorar até dois anos", diz Mello. "Com as mudanças, que devem entrar em vigor em abril, pretendemos reduzir esse prazo para três meses."
Para isso, a idéia é usar a internet. A partir de abril, a maioria dos procedimentos para a abertura de novos criadouros poderá ser feita por esse meio. Também pela internet, o Ibama poderá controlar e saber o que está acontecendo em cada um dos 2.236 estabelecimentos que lidam com fauna silvestre no Brasil. "Queremos facilitar a vida dos criadores e comerciantes e melhorar a gestão ambiental", explica Mello.
Quanto aos animais em si, as novas regras deverão definir, entre outras coisas, quais espécies de animais silvestres poderão ser comercializadas como bichos de estimação no Brasil. Não deverá haver grandes alterações na lista atual, no entanto. Ela inclui aves das famílias dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras), cracídeos (mutuns), tinamídeos (macucos, jaós, zabelês), aves aquáticas (garças, patos) e emas. Deverá continuar valendo também a regra que estabelece que o animal deve ser adquirido de criadouros legalizados - e não capturados no meio natural. Leia mais aqui ou aqui...
Matéria minha publicada no O Estado de S. Paulo, em 5 de janeiro de 2005.
Tornado, mais comum do que se imagina
Fenômeno é freqüente no centro-sul do Brasil, mas é pouco observado
Evanildo da Silveira

Até recentemente toda criança brasileira aprendia na escola que o Brasil era livre de terremotos, furacões e tornados.  A realidade, no entanto, não é assim.  Se os furacões são raríssimos - só se tem notícia de um e ainda assim há controvérsias -, o mesmo não ocorre com os outros dois fenômenos.  Todos os anos o Brasil é sacudido por milhares de pequenos terremotos e atingido por tornados de todos os tamanhos.  Os que atingiram Criciúma na segunda-feira são apenas mais dois exemplos. 
Um tornado é uma coluna de ar girando violentamente a partir de uma nuvem de tempestade (cúmulo-nimbo) e vista como um funil escuro.  Ele se forma em regiões quentes e úmidas, como o centro-sul do Brasil no verão.  "Numa escala local, é o mais destrutivo de todos os fenômenos atmosféricos", explica a meteorologista Ana Maria Gomes Held, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista (Unesp).  "Seu vórtice, com algumas centenas de metros de diâmetro, gira normalmente no sentido horário no Hemisfério Sul, com velocidades entre 160 e 480 quilômetros por hora." Leia mais aqui ou aqui...

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Matéria minha publicada na revista Superinteressante, edição 291a, de maio de 2011.
Como o mundo vai acabar
Cada cultura tem um jeito de explicar como tudo vai terminar
Por Evanildo da Silveira
Mazdaísmo
O Bem e o Mal na primeira religião monoteísta

À semelhança de outros mitos do fim dos tempos, o fogo tem papel central no mazdaísmo, religião criada pelo persa Zoroastro, também conhecido com Zaratustra, que viveu onde hoje fica o Irã, provavelmente entre 630 e 553 a.C. Filho de camponeses, aos 30 anos ele teria ido morar sozinho no deserto, de onde saiu com os princípios da nova religião. Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. Hoje, a religião de Zoroastro ainda é seguida pelos parsis da Índia, que migraram para aquele país depois da ascensão do islamismo no século 7. Seu deus era Ahura Mazda, que vivia lutando com sua antítese maligna, Arimã, pelo controle do universo. Leia mais...

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Matéria minha, publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 417, Mai/Jun de 2013.
Voando cada vez mais alto
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

Uma história empresarial de sucesso como poucas vezes se viu no Brasil. É assim que a Empresa Brasileira de Aeronáutica – ou simplesmente Embraer – tem sido apresentada ao mercado pelos feitos e conquistas registrados em suas mais de quatro décadas de vida, na realidade um tempo pequeno se comparado com o de outras gigantes mundiais do setor. Posicionada entre as maiores fabricantes de aviões do planeta, ela é líder no segmento de jatos comerciais de até 120 assentos e suas aeronaves voam em 80 países. Leia mais...