quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Matéria minha publicada na edição 204, de agosto de 2016, da revista Manutenção & Tecnologia.
Fenômeno agrícola
Estimulado pelo interesse do agronegócio por tecnologia, 
uso do equipamento avança no campo, aumentando a 
participação do segmento nas vendas dos fabricantes
Por: Evanildo da Silveira
A crescente mecanização da agricultura brasileira tem atraído cada vez mais máquinas típicas dos canteiros de obras para o campo. Também contribui para essa tendência a força da agropecuária, que vem sentindo menos a crise que atinge outros setores da economia. Os números mostram isso. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio chegou a R$ 1.267 trilhão (ou 21,46% do total), em um crescimento de 1,8% em relação a 2014, ante uma queda do PIB nacional de 3,8%.
No caso dos fabricantes, contudo, são poucos os que falam sobre os números desse crescimento. “Por motivos estratégicos, optamos por não revelar dados de nossa participação ou a representatividade de cada segmento”, esquiva-se Roberto Marques, diretor de vendas da divisão de construção e florestal da John Deere. “O que podemos afirmar é que desde o início das nossas operações com a Linha Amarela, fomos muito bem recebidos pelos produtores rurais. Afinal, temos uma longa história de parceria com a agricultura no país.” Leia mais...

Matéria minha publicada na edição 521, de junho de 2016, da revista Planeta.
Farmácia da mata
O extraordinário patrimônio natural contido na biodiversidade
da Mata Atlântica já está sendo aproveitado por empresas
brasileiras na fabricação de produtos como remédios e cosméticos
Evanildo da Silveira
Com seis grandes biomas – Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas –, o Brasil é o campeão mundial da biodiversidade. O país abriga 13% da vida do planeta e, segundo estimativas, é habitado por algo entre 170 mil e 210 mil espécies conhecidas de plantas, animais e microrganismos. Essa cifra pode chegar a dois milhões, afirmam alguns especialistas.
É como se fosse uma grande rede de supermercados a céu aberto, capaz de oferecer alimentos e materiais para artesanato, móveis, decoração e construção civil, além de substâncias químicas, desenvolvidas em bilhões de anos de evolução, aproveitáveis nas indústrias farmacêutica e de cosméticos, por exemplo. A Mata Atlântica é uma das mais importantes lojas dessa cadeia, que já dá lucros de forma sustentável, fornecendo substâncias para novos remédios e cosméticos.

Em seus remanescentes (restam apenas 12,5% de sua área original), ela ainda apresenta uma riqueza natural das mais importantes do mundo. Ali estão mais de 20 mil espécies conhecidas de plantas, das quais 8 mil são endêmicas (isto é, só encontradas ali); 270 de mamíferos; 992 de aves; 197 répteis; 372 anfíbios; e 350 peixes. Por isso, a Mata Atlântica é considerada um hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta, condição que levou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a designá-la Reserva da Biosfera Mundial. Leia mais...

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Matéria minha publicada na edição 202, de junho de 2016, da revista Manutenção & Tecnologia.
A conquista do oeste
Extração de calcário no Mato Grosso do Sul utiliza frota de 
equipamentos como escavadeiras, pás carregadeiras, 
caminhões e britadores, que são exigidos ao extremo
Por: Evanildo da Silveira

Fundada há 43 anos, a Mineração Bodoquena soube aproveitar o aumento da cultura da soja no estado do Mato Grosso do Sul para também crescer na extração de minérios químicos e fertilizantes. E como cresceu, diga-se de passagem. No decorrer das décadas, o número de caminhões carregados com pedra calcária passou de três para 50 por dia, enquanto a produção saltou de oito mil para 1,2 milhão toneladas de calcário por ano, mas com capacidade total para dois milhões.
Evidentemente, esse crescimento levou à necessidade de modernização da empresa. No começo, os veículos eram carregados nos braços do próprio fundador, Antônio Aranha, como ele mesmo gosta de contar. Atualmente, a frota da mineradora – que se localiza em Bela Vista, na região de Bonito (MS) – é composta por 17 máquinas, entre escavadeiras e pás carregadeiras, além de diversos caminhões, britadores e moinhos. Neste hiato de tempo, no entanto, muita água (ou melhor, pedra) rolou. Leia mais...

Tecnologia

Matéria minha publicada na edição244, de junho de 2016, na revista Pesquisa Fapesp

Veículos subaquáticos
Protótipos de robôs para uso embaixo d’água são testados
na exploração de petróleo e pesquisas oceanográficas

EVANILDO DA SILVEIRA
A partir da década de 1990, robôs submarinos que navegam de forma autônoma, sem precisar estar ligados a uma embarcação por cabos, começaram a surgir para auxiliar nas pesquisas oceanográficas e na exploração de petróleo e gás no fundo do mar. Com sensores para navegação submersa e GPS, quando estão na superfície, além de motores e equipamentos de comunicação por rádio, eles podem ser programados para ir e voltar de um local predeterminado. Receberam o nome de Veículos Autônomos Submersos (AUV, sigla para Autonomous Underwater Vehicle) e são produzidos por empresas de países como Estados Unidos, Noruega, Japão e França. No Brasil, as pesquisas e os desenvolvimentos nessa área são recentes, e ainda não foi produzido um robô submarino que possa ser fabricado comercialmente. Mas existem pelo menos três protótipos atualmente em fase de testes. Leia mais...

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ciência

Matéria minha publicada na edição 520, de maio de 2016, da revista Planeta.
Parceria: Tecnologia & Natureza
Pesquisadores usam cada vez mais características de outros seres vivos
para elaborar produtos revolucionários, como dobradiças que copiam mandíbulas de cobras e carros que reproduzem as linhas de um peixe
Texto: Evanildo da Silveira
De 8,7 milhões de espécies de seres que se estima viverem no planeta (não contando bactérias e outros microrganismos), apenas uma, o Homo sapiens sapiens, não é sustentável, ou seja, consome mais do que devolve ao ambiente. Todas as outras, de algum modo, estão em equilíbrio com o ambiente. Se não estão, é porque o ser humano ou algum desastre natural interferiu em suas condições de vida. Por isso, a humanidade tem muito a aprender com seus colegas terrestres.
Na verdade, isso já vem se tornando realidade com o biomimetismo, uma disciplina que leva ao desenvolvimento de novas tecnologias e produtos baseados ou inspirados no que a natureza já fez. Como muitas áreas do conhecimento, essa também deve seu nome ao grego: bios, “vida”, e mimesis, “imitação”. “O biomimetismo é uma forma de pensar que incentiva cientistas, inventores e pessoas comuns a estudar e usar as soluções da natureza para resolver problemas deles”, define a escritora científica canadense Dora Lee em seu livro Biomimetismo – Invenções inspiradas pela natureza. Leia mais...

domingo, 2 de outubro de 2016

Matéria minha publicada na edição 201, de maio de 2016, da revista Manutenção &Tecnologia.
Diversificação estratégica
Em um mercado cada vez mais competitivo, fabricantes
reforçam estratégias comerciais e oferecem produtos com
maior produtividade, segurança e versatilidade
Por: Evanildo da Silveira

Entre 2008 e 2014, os guindautos – também conhecidos como guindastes articulados, veiculares ou caminhões Munck – tiveram uma fase de diversificação de modelos e crescimento de vendas no Brasil. Isso não foi o bastante, no entanto, para livrá-los dos efeitos da crise econômica pela qual o Brasil atravessa. Nesse contexto, as empresas do ramo estão procurando diversificar a sua produção.
Um exemplo é a Imap, de Santo Antônio da Patrulha (RS), que já conta com 40 anos de história na fabricação de máquinas e equipamentos hidráulicos no Brasil, produzindo guindastes telescópicos sobre caminhões (de 30 e 70 ton) e guindautos pesados (de 47, 55, 60 e 70 ton). “Embora também produza cestos aéreos simples e isolados há mais de 30 anos, a Imap e outras indústrias do ramo de produtos hidráulicos para movimentação de cargas e pessoas estão se diversificando para fugir da concorrência com a indústria asiática, em especial a chinesa”, diz seu presidente, José Alfredo Marques da Rocha. Leia mais...

Tecnologia

Matéria minha publicada na edição 243, de maio de 2016, na revista Pesquisa Fapesp

Nas profundas camadas da pele

Boticário, Natura, Theraskin e Yamá se unem com o IPT
e desenvolvem nanocápsulas para uso em cosméticos
EVANILDO DA SILVEIRA

Quatro grandes empresas do setor nacional de cosméticos se uniram para
© EDUARDO CESAR
desenvolver em conjunto uma tecnologia de interesse comum, que poderá dar mais competitividade às parti-cipantes do projeto. Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o projeto cooperativo contou com as empresas Grupo Boticário, Natura,  Theraskin e Yamá e levou à criação de dois novos métodos de nanoencapsulação de princípios ativos de cosméticos. Sob a coordenação do IPT, o grupo, ao longo de dois anos, investiu R$ 2,4 milhões, divididos em três partes iguais de R$ 800 mil entre o instituto (que contabiliza o uso dos laboratórios e o pessoal envolvido), as quatro indústrias (que gastaram R$ 200 mil cada uma) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social mantida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC). Leia mais...

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Tecnologia

Matéria minha publicada na edição 243, de maio de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Bioinseticida feito de microrganismos
Vermes e bactérias atuando juntos são matérias-primas
de produto para uso comercial na lavoura
EVANILDO DA SILVEIRA
© LUÍS LEITE / INSTITUTO BIOLÓGICO

Depois de 15 anos de pesquisa, uma nova tecnologia para o controle biológico de pragas está pronta para uso comercial. Trata-se de um bioinseticida feito a partir de nematoides, vermes milimétricos que vivem no solo, para uso no combate a insetos e outros organismos que atacam cultivos como os de cana-de-açúcar, plantas ornamentais e eucalipto. O novo inseticida biológico foi desenvolvido pelo engenheiro agrônomo e entomologista Luís Garrigós Leite, da unidade de Campinas do Instituto Biológico, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ele começou o trabalho em 2002 e, no ano seguinte, o estudo começou a ser feito em parceria com a empresa Bio Controle, de Indaiatuba (SP), que atua na área de monitoramento e controle de pragas agrícolas, por meio de um projeto do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP. A empresa está prestes a comercializar o produto para os agricultores. A comercialização dos nematoides será feita com os vermes envoltos em diatomita, um pó de origem mineral, que deixa os vermes úmidos e em estado de latência. Só voltam à atividade quando o produto é diluído em água. Leia mais...

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Meio Ambiente

Matéria minha publicada na edição 519, de abril de 2016, da revista Planeta.
O avanço dos desertos
Se o atual ritmo de desertificação prosseguir, a ONU calcula
que até 2050 a Terra perderá uma área cultivável equivalente
à do Brasil. Aqui, a preocupação maior está no Nordeste
Texto: Evanildo da Silveira


Em silêncio, a desertificação vem causando mais estragos do que o aquecimento global e desastres naturais como terremotos e furacões. Considerado um dos maiores problemas socioeconômicos contemporâneos, o fenômeno transforma terras cultiváveis em desertos a um ritmo de 120 mil quilômetros quadrados (12 milhões de hectares, ou quase três estados do Rio de Janeiro) por ano. Se mantida essa velocidade, a Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que até 2050 o mundo perderá 8,49 milhões de quilômetros quadrados de solo produtivo, área equivalente à do Brasil. No país, as áreas suscetíveis de desertificação (ASD) somam 1,34 milhão de quilômetros quadrados, ou 16% do território nacional. Leia mais...

domingo, 4 de setembro de 2016

Matéria minha publicada na edição 200, de abril de 2016, da revista Manutenção &Tecnologia.
Uma solução para cada necessidade
Mercado de concreto amadurece com a popularização
de diferentes conceitos tecnológicos, incluindo centrais,
caminhões betoneira e minibetoneiras autopropelidas
Por: Evanildo da Silveira

Todos os anos, o Brasil produz cerca de 55 milhões de toneladas de concreto, que são utilizadas principalmente na construção de pontes, viadutos, barragens, fundações de edifícios e outros grandes empreendimentos da construção. A quase totalidade desse material é fabricada em centrais misturadoras, caminhões betoneira ou minibetoneiras autopropelidas (também conhecidas no Brasil como autoconcreteiras). Cada uma dessas soluções produz concreto para aplicações específicas, com produtividade diretamente atrelada ao local, tamanho ou tipo de obra para o qual o material é destinado. Leia mais...

domingo, 28 de agosto de 2016

Tecnologia

Matéria minha publicada na edição 242, de abril de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Embalagens verdes 
Frutas e legumes são matéria-prima de plásticos
que protegem alimentos e são comestíveis 
EVANILDO DA SILVEIRA
© LÉO RAMOS 
Imaginar um futuro com embalagens plásticas comestíveis, que podem fazer parte de sopas e sucos sem causar mal à saúde, não é estar descolado da realidade. Novas possibilidades de armazenagem de alimentos que evitem o descarte pós-consumo das embalagens e ainda ajudam a nutrir os consumidores estão se concretizando de forma experimental em laboratórios de universidades e centros de pesquisa. No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estuda novos materiais que poderão ser transformados em embalagens ou mesmo ingredientes alimentícios. São chamados pelos pesquisadores de bioplásticos ou biopolímeros e podem fazer parte também de embalagens biodegradáveis. “Esses materiais têm características nutricionais, sabor e cor dos vegetais, ou podem ser transparentes, finos e com a mesma aparência que os plásticos comuns”, explica Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária, localizada em São Carlos (SP). Leia mais...

Matéria minha publicada na capa da edição 434, de mar/abr de 2016, da revista ProblemasBrasileiros.
O que se perde no lixo falta na mesa
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

Apesar dos avanços tecnológicos e do aumento da área cultivada, que levaram a produção agrícola a níveis nunca antes alcançados, em torno de 800 milhões de pessoas no mundo – um a cada nove terráqueos – ainda passam fome. E um dos maiores responsáveis por essa situação, por incrível que pareça, é o desperdício de alimentos. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), cerca de 30% de tudo que é produzido anualmente pelo campo vai para o lixo em algum momento de sua trajetória entre a lavoura e a casa do consumidor. No Brasil, o quarto produtor mundial de comida, cerca de 3,4 milhões de indivíduos vivem em situação de insegurança alimentar, eufemismo para dizer que na maior parte do tempo eles não têm o que comer. O número poderia ser menor se ao redor de 26,3 milhões de toneladas de produtos alimentícios não fossem jogadas fora todos os anos. Leia mais...

sábado, 27 de agosto de 2016

Compactação

Matéria minha publicada na edição 199, de março de 2016, da revista Manutenção & Tecnologia.
As estrelas do roadbuilding
Especialistas explicam os procedimentos, equipamentos
 e tecnologias embarcadas que permitem obter um 
pavimento compacto, liso e uniforme em obras rodoviárias
Por: Evanildo da Silveira
Como se sabe, grande parte da segurança, conforto e durabilidade de uma rodovia depende da qualidade e do modo como o asfalto foi assentado. Prioritariamente, para que tenha longa durabilidade o pavimento precisa oferecer estabilidade aos veículos e suportar grandes cargas, além de ser pouco permeável à água. E, para se obter esse resultado, uma das etapas mais importantes na construção do pavimento é a compactação. Afinal, de nada adianta o concreto asfáltico ser de boa qualidade se houver erros técnicos nessa fase. É justamente nesse ponto que entram os rolos compactadores, equipamentos clássicos da construção rodoviária que são utilizados para comprimir o piso, eliminando os “vazios”, ou melhor, os espaços com ar no interior da camada, deixando a pista de rolamento mais firme, lisa e uniforme. Leia mais....

Meio Ambiente

Matéria minha publicada na edição 517, de março de 2016, da revista Planeta.
Luz no fim do túnel
Embora considerado insuficiente por muitos especialistas, 
o acordo sobre o clima firmado em Paris é o primeiro a obter consenso
 de todos os países participantes quanto à gravidade do aquecimento 
global e à necessidade de combatê-lo em conjunto
Texto: Evanildo da Silveira

No último mês do ano mais quente já registrado desde 1880, quando a temperatura do planeta começou a ser medida, a humanidade resolveu se unir para tentar mitigar as mudanças do clima e combater o aquecimento global. Depois de duas semanas de debates e negociações, os representantes de 196 países presentes à 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), realizada em Paris, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, assinaram o primeiro acordo mundial da história sobre alterações climáticas. Para muitos, o documento é um avanço enorme em relação à conferência anterior, realizada em Copenhague, em 2009, tida como um grande fracasso. Outros, como climatologistas e organizações não governamentais ambientalistas, consideram-no, no entanto, insuficiente para resolver os problemas que se propõe a solucionar. Leia mais...
Matéria minha publicada na edição 241, de março de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Implante com biovidro
Duas patentes da UFSCar licenciadas para uma empresa
devem resultar em produtos para odontologia e medicina
EVANILDO DA SILVEIRA
© LÉO RAMOS

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) licenciou duas patentes para a Vetra, uma empresa formada por ex-alunos do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa). A primeira delas trata de um tipo de vidro com nova composição química que o deixa com alta bioatividade para revestimento de implantes metálicos e no tratamento de lesões de pele, por exemplo. A outra é um método de recobrimento de enxertos médicos e odontológicos metálicos ou cerâmicos que garante compatibilidade com o organismo, evita rejeição e acelera a integração com o osso. O vidro comum é um material duro e quebradiço. Com alterações em sua formulação química, como maior quantidade de cálcio e fósforo, ele se torna bioativo e ganha o nome de biovidro, com capacidade bactericida e de acelerar a regeneração do osso e a integração das próteses com o osso. Leia mais...

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Matéria minha publicada na edição 198, de fevereiro de 2016, da revista Manutenção & Tecnologia.
Soluções robóticas para 
escavação de túneis
Cada vez mais sofisticados, equipamentos atuais embarcam
tecnologias e sistemas computacionais que reduzem
custos e minimizam a interferência do operador
Por: Evanildo da Silveira

Para abrir túneis de rodovias e ferrovias, desviar o curso de um rio para a construção de barragens ou extrair minérios das entranhas da terra, por exemplo, principalmente em áreas com rochas duras, uma das melhores soluções ainda é o uso de explosivos. Para isso é preciso, no entanto, abrir furos na pedra com cerca de cinco centímetros de diâmetro e até seis metros de extensão, onde ele será colocado. Esse é um trabalho que é feito por jumbos de perfuração, que, simplificadamente, podem ser descritas como máquinas, cujo peso pode variar de cerca 9 a 45 toneladas, que podem se mover sobre rodas ou esteiras (mais raros atualmente), equipadas com um, dois ou três braços com perfuratrizes nas pontas. Leia mais...
Matéria minha publicada na edição240, de fevereiro de 2016, na revista Pesquisa Fapesp.
Resíduos reciclados
Óleo fúsel e CO2 gerados na fabricação de etanol podem ser
aproveitados na produção de substâncias químicas de uso industrial
EVANILDO DA SILVEIRA

Líquido viscoso, de cor amarelada e odor desagradável, o óleo fúsel é o menos conhecido dos resíduos da indústria sucroalcooleira. Para cada mil litros de etanol são gerados, em média, 2,5 litros de fúsel. O composto é formado por vários álcoois em que apenas uma pequena parte dos cerca de 80 milhões de litros produzidos no Brasil a cada ano é destinada à fabricação de um tipo de álcool chamado isoamílico. Outra parte é queimada para gerar energia para as usinas. As indústrias, no entanto, não informam o quanto é transformado em isoamílico, a porcentagem queimada e a quantidade descartada. Com o objetivo de reaproveitar melhor esse resíduo, dois grupos de pesquisa estudam o óleo fúsel para transformá-lo em um produto de maior valor. Em um dos grupos, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-Unesp), campus de Presidente Prudente, o professor Eduardo René Pérez González coordena um projeto que propõe a reciclagem em um processo único do óleo fúsel e do dióxido de carbono (CO2), um dos gases do efeito estufa, também gerado nas usinas. Leia mais...

Clima

Matéria minha publicada na edição 433, de jan/fev de 2016, da revista Problemas Brasileiros.
Inundações e chuva. Ou estiagem
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

Se as previsões dos meteorologistas se confirmarem, o clima do planeta viverá uma fase turbulenta no primeiro semestre deste ano. Tudo graças ao El Niño, fenômeno natural, que ocorre a intervalos irregulares, que podem variar de 2 a 7 anos, com duração de 6 a 18 meses. Ele é causado pelo aquecimento além do normal das águas do Oceano Pacífico à altura da linha do Equador, entre as costas oeste da América do Sul e leste da Oceania. O resultado disso é sentido em todo o mundo, com secas mais intensas em algumas partes, como, por exemplo, na Austrália, Filipinas, Equador e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, e chuvas torrenciais e inundações em outros, como no sul do país, no México e nos Estados Unidos. Além disso, os verões e primaveras podem ser mais quentes em regiões como o Sudeste brasileiro e os invernos mais intensos em outras, como na Europa, os furacões mais moderados no Atlântico e os ciclones mais fortes no Pacífico. Leia mais...

sábado, 16 de julho de 2016

Matéria minha publicada na edição 209, de julho de 2013, da revista Pesquisa Fapesp.

Acesso digital

Hospital de Ribeirão Preto usa sistema nacional
para arquivar e gerenciar imagens médicas
EVANILDO DA SILVEIRA
            © TATO ARAUJO
O uso crescente de imagens nos hospitais nos últimos anos, como raio x, ultrassom, ressonância e tomografia, levou à necessidade de desenvolvimento de sistemas para gerenciá-las. De olho nesse mercado, grandes empresas da área de tecnologia da informação como Siemens, Toshiba, Agfa, GE, Carestream e Philips criaram soluções chamadas genericamente de sistemas de arquivamento e distribuição de imagens (Pacs, do inglês picture archiving and communication system). Agora uma pequena empresa de Ribeirão Preto se posiciona ao lado das grandes ao desenvolver um Pacs próprio. O sistema já está em uso, com bons resultados, há mais de dois anos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), naquela cidade.

Chamado de LyriaPacs, o sistema foi criado pela empresa i-Medsys, fundada em 2005 em Ribeirão Preto, por três jovens pesquisadores formados e pós-graduados pela USP nas áreas de tecnologia da informação e ciência da computação. “O Lyria é um sistema de armazenamento, comunicação, distribuição e visualização que segue especificações do protocolo Dicom (do inglês digital imaging and communication in medicine), que é o padrão para arquivamento e distribuição de imagens médicas”, explica Diego Fiori de Carvalho, sócio fundador da empresa. “É uma solução completa para o gerenciamento de imagens médicas em hospitais, centros de diagnóstico, clínicas e profissionais da área da saúde”, diz Carvalho. Leia mais...
Matéria minha publicada na edição 208, de junho de 2013, da revista Pesquisa Fapesp.
Mobilidade ampliada
Sistema permitirá a portadores de paralisias graves
comandar cadeira de rodas com músculos da face
EVANILDO DA SILVEIRA
Indispensável para pessoas que apresentam dificuldade de locomoção, a cadeira de rodas evoluiu muito nas últimas décadas desde que nas ruas eram vistos apenas modelos movidos a mão – hoje são comuns as cadeiras motorizadas, controladas por joysticks. Agora uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em parceria com colegas da Universidade de Lorraine, na França, e paralelamente a vários outros grupos de pesquisa ao redor do mundo buscam colocar esse meio de locomoção em um novo patamar tecnológico.

A equipe trabalha no desenvolvimento de um sistema que tornará possível o controle e o comando de uma cadeira de rodas por meio de sinais elétricos gerados pelos músculos e pela atividade cerebral, para ser usado por pessoas com paralisias tão graves que não conseguem mover sequer um joystick. Leia mais...

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Matéria minha publicada no jornal OEstado de S. Paulo, em 8 de janeiro de 2005.
Vão mudar as regras 
sobre animais silvestres
Nova instrução normativa vai facilitar a abertura 
de criadouros de espécies da fauna brasileira
e a posse delas como bichos de estimação
Evanildo da Silveira

Vão mudar as regras sobre os animais silvestres no País. Abrir um criadouro desses bichos deve ficar mais simples, assim como ter animais de estimação. A partir de segunda-feira, o Ibama abre uma consulta pública sobre criação, manutenção em cativeiro, comércio, abate, beneficiamento, importação e exportação de animais da fauna nativa do Brasil.
O objetivo da consulta é elaborar uma nova instrução normativa, que reúna num só documento as regras que hoje estão dispersas em 14 instrumentos legais. Também poderá haver mudanças nas normas em vigor. O documento orientador da consulta estará disponível para quem quiser dar sugestões no endereço www.ibama.gov.br até 18 fevereiro.
Segundo o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo Mello, o principal objetivo da nova regulamentação é desburocratizar os processos de abertura e gestão de criadouros de animais silvestres. "Hoje a abertura de um estabelecimento legalizado pode demorar até dois anos", diz Mello. "Com as mudanças, que devem entrar em vigor em abril, pretendemos reduzir esse prazo para três meses."
Para isso, a idéia é usar a internet. A partir de abril, a maioria dos procedimentos para a abertura de novos criadouros poderá ser feita por esse meio. Também pela internet, o Ibama poderá controlar e saber o que está acontecendo em cada um dos 2.236 estabelecimentos que lidam com fauna silvestre no Brasil. "Queremos facilitar a vida dos criadores e comerciantes e melhorar a gestão ambiental", explica Mello.
Quanto aos animais em si, as novas regras deverão definir, entre outras coisas, quais espécies de animais silvestres poderão ser comercializadas como bichos de estimação no Brasil. Não deverá haver grandes alterações na lista atual, no entanto. Ela inclui aves das famílias dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras), cracídeos (mutuns), tinamídeos (macucos, jaós, zabelês), aves aquáticas (garças, patos) e emas. Deverá continuar valendo também a regra que estabelece que o animal deve ser adquirido de criadouros legalizados - e não capturados no meio natural. Leia mais aqui ou aqui...
Matéria minha publicada no O Estado de S. Paulo, em 5 de janeiro de 2005.
Tornado, mais comum do que se imagina
Fenômeno é freqüente no centro-sul do Brasil, mas é pouco observado
Evanildo da Silveira

Até recentemente toda criança brasileira aprendia na escola que o Brasil era livre de terremotos, furacões e tornados.  A realidade, no entanto, não é assim.  Se os furacões são raríssimos - só se tem notícia de um e ainda assim há controvérsias -, o mesmo não ocorre com os outros dois fenômenos.  Todos os anos o Brasil é sacudido por milhares de pequenos terremotos e atingido por tornados de todos os tamanhos.  Os que atingiram Criciúma na segunda-feira são apenas mais dois exemplos. 
Um tornado é uma coluna de ar girando violentamente a partir de uma nuvem de tempestade (cúmulo-nimbo) e vista como um funil escuro.  Ele se forma em regiões quentes e úmidas, como o centro-sul do Brasil no verão.  "Numa escala local, é o mais destrutivo de todos os fenômenos atmosféricos", explica a meteorologista Ana Maria Gomes Held, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista (Unesp).  "Seu vórtice, com algumas centenas de metros de diâmetro, gira normalmente no sentido horário no Hemisfério Sul, com velocidades entre 160 e 480 quilômetros por hora." Leia mais aqui ou aqui...

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Matéria minha publicada na revista Superinteressante, edição 291a, de maio de 2011.
Como o mundo vai acabar
Cada cultura tem um jeito de explicar como tudo vai terminar
Por Evanildo da Silveira
Mazdaísmo
O Bem e o Mal na primeira religião monoteísta

À semelhança de outros mitos do fim dos tempos, o fogo tem papel central no mazdaísmo, religião criada pelo persa Zoroastro, também conhecido com Zaratustra, que viveu onde hoje fica o Irã, provavelmente entre 630 e 553 a.C. Filho de camponeses, aos 30 anos ele teria ido morar sozinho no deserto, de onde saiu com os princípios da nova religião. Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. Hoje, a religião de Zoroastro ainda é seguida pelos parsis da Índia, que migraram para aquele país depois da ascensão do islamismo no século 7. Seu deus era Ahura Mazda, que vivia lutando com sua antítese maligna, Arimã, pelo controle do universo. Leia mais...

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Matéria minha, publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 417, Mai/Jun de 2013.
Voando cada vez mais alto
Por: EVANILDO DA SILVEIRA

Uma história empresarial de sucesso como poucas vezes se viu no Brasil. É assim que a Empresa Brasileira de Aeronáutica – ou simplesmente Embraer – tem sido apresentada ao mercado pelos feitos e conquistas registrados em suas mais de quatro décadas de vida, na realidade um tempo pequeno se comparado com o de outras gigantes mundiais do setor. Posicionada entre as maiores fabricantes de aviões do planeta, ela é líder no segmento de jatos comerciais de até 120 assentos e suas aeronaves voam em 80 países. Leia mais...