quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Matéria minha publicada na edição 521, de junho de 2016, da revista Planeta.
Farmácia da mata
O extraordinário patrimônio natural contido na biodiversidade
da Mata Atlântica já está sendo aproveitado por empresas
brasileiras na fabricação de produtos como remédios e cosméticos
Evanildo da Silveira
Com seis grandes biomas – Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas –, o Brasil é o campeão mundial da biodiversidade. O país abriga 13% da vida do planeta e, segundo estimativas, é habitado por algo entre 170 mil e 210 mil espécies conhecidas de plantas, animais e microrganismos. Essa cifra pode chegar a dois milhões, afirmam alguns especialistas.
É como se fosse uma grande rede de supermercados a céu aberto, capaz de oferecer alimentos e materiais para artesanato, móveis, decoração e construção civil, além de substâncias químicas, desenvolvidas em bilhões de anos de evolução, aproveitáveis nas indústrias farmacêutica e de cosméticos, por exemplo. A Mata Atlântica é uma das mais importantes lojas dessa cadeia, que já dá lucros de forma sustentável, fornecendo substâncias para novos remédios e cosméticos.

Em seus remanescentes (restam apenas 12,5% de sua área original), ela ainda apresenta uma riqueza natural das mais importantes do mundo. Ali estão mais de 20 mil espécies conhecidas de plantas, das quais 8 mil são endêmicas (isto é, só encontradas ali); 270 de mamíferos; 992 de aves; 197 répteis; 372 anfíbios; e 350 peixes. Por isso, a Mata Atlântica é considerada um hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta, condição que levou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a designá-la Reserva da Biosfera Mundial. Leia mais...

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