Matéria
minha publicada na edição 521, de junho de 2016, da revista Planeta.
Farmácia da mata
O extraordinário patrimônio natural contido na
biodiversidade
da Mata Atlântica já está sendo aproveitado por
empresas
brasileiras na fabricação de produtos como remédios
e cosméticos
Evanildo da Silveira
Com
seis grandes biomas – Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata
Atlântica e Pampas –, o Brasil é o campeão mundial da biodiversidade. O país
abriga 13% da vida do planeta e, segundo estimativas, é habitado por algo entre
170 mil e 210 mil espécies conhecidas de plantas, animais e microrganismos.
Essa cifra pode chegar a dois milhões, afirmam alguns especialistas.
É
como se fosse uma grande rede de supermercados a céu aberto, capaz de oferecer
alimentos e materiais para artesanato, móveis, decoração e construção civil,
além de substâncias químicas, desenvolvidas em bilhões de anos de evolução,
aproveitáveis nas indústrias farmacêutica e de cosméticos, por exemplo. A Mata
Atlântica é uma das mais importantes lojas dessa cadeia, que já dá lucros de
forma sustentável, fornecendo substâncias para novos remédios e cosméticos.
Em
seus remanescentes (restam apenas 12,5% de sua área original), ela ainda
apresenta uma riqueza natural das mais importantes do mundo. Ali estão mais de
20 mil espécies conhecidas de plantas, das quais 8 mil são endêmicas (isto é,
só encontradas ali); 270 de mamíferos; 992 de aves; 197 répteis; 372 anfíbios;
e 350 peixes. Por isso, a Mata Atlântica é considerada um hotspot mundial, ou
seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta,
condição que levou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura (Unesco) a designá-la Reserva da Biosfera Mundial. Leia mais...
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